🏛️ O Manual de IA dos EUA: Movimentos ousados, arestas afiadas
Então, na noite de quinta-feira, o governo Trump lançou discretamente seu tão aguardado "Vencendo a Corrida: Plano de Ação para IA dos EUA". É um documento de 28 páginas, para ser sincero — denso em ambição, mas com pouca cautela. Cerca de noventa itens de ação federal. Muita energia.
Em resumo? Três objetivos principais:
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Acelerar a inovação (especialmente nas áreas militar e comercial),
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Despejar concreto sob a infraestrutura de IA dos Estados Unidos, e
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Vencer a disputa global pelo poder da IA — de forma decisiva.
Mas é aqui que a coisa fica interessante:
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As agências devem eliminar o "viés ideológico" da IA. A formulação da expressão causou estranheza — o que é viés e quem decide o que é?
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Existe uma cláusula sobre o corte de verbas federais para estados que "regulamentam em excesso". Isso não é um incentivo; é uma punição severa.
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E os controles de exportação? Mais rigorosos. Qualquer computador ou chip de ponta destinado a certos países? Nem pensar.
Algumas pessoas aplaudiram a assertividade. Outras disseram que parece mais um prenúncio do destino manifesto no setor tecnológico do que uma política pública. Só o tempo dirá.
📈 Ações de IA: em alta, em baixa e em alguma estabilidade
Os mercados de sexta-feira foram... voláteis, mas em geral com uma tendência positiva. O setor de tecnologia dominou as negociações novamente. A inteligência artificial continua sendo a galinha dos ovos de ouro — pelo menos por enquanto.
A Broadcom (AVGO) atingiu novos patamares. O principal motivo? Seus chips ASIC de IA estão vendendo como água (metaforicamente falando, já que são usados em racks de hiperescaladores). Enquanto isso, Nvidia , Supermicro , etc., também registraram forte crescimento.
Mas nem tudo foram flores. As ações da Intel caíram rapidamente — mais de 7% — após uma previsão de desempenho fraca. Os investidores não estão convencidos de que a empresa conseguirá alcançar a AMD ou a Nvidia na corrida pelos chips de IA.
E depois temos a C3.ai. Nossa! Quase 11% das ações sumiram em um dia. O CEO, Tom Siebel, está se demitindo por problemas de saúde. O momento? Péssimo. Alguns analistas já estão investigando rumores de aquisição. Parece que estão limpando o tabuleiro de xadrez.
🏢 Microsoft: Investindo pesado, com grandes ambições
A Microsoft voltou a cortar empregos — mais 9.000 em julho, depois de outros cerca de 6.000 no início do verão. O CEO Satya Nadella admitiu em um memorando interno que o processo tem sido emocionalmente exaustivo. E publicamente? Ele o descreve como "confuso", chegando a mencionar reestruturações anteriores do setor para alinhar as expectativas.
Por trás das demissões: uma completa reorientação em torno da IA. Estamos falando de modelos fundamentais, integração com o Copilot em tudo e PCs inteligentes que supostamente fazem mais do que realmente fazem (ainda). A empresa está redefinindo suas prioridades e nem todos estão convidados para o próximo capítulo.
Haverá uma reunião geral e uma teleconferência sobre os resultados financeiros no dia 30 de julho. Deve ser... interessante.
🌏 A resposta da China à IA: sancionada, não desacelerada
Em Xangai, a inovação em IA continua, independentemente das sanções. Empresas de tecnologia locais apresentaram LLMs (máquinas de leitura de código aberto), robótica e chips desenvolvidos internamente para substituir equipamentos ocidentais proibidos. A mensagem: "Nós mesmos construiremos isso."
Então, na mesma semana, o primeiro-ministro chinês lançou a ideia de um novo consórcio global de IA. O objetivo? Afrouxar o controle dos EUA sobre as normas globais de IA e oferecer algo mais... colaborativo, ou pelo menos com uma centralização diferente.
O Ocidente chama isso de fragmentação. Pequim chama isso de equilíbrio.
🧠 Opinião de especialistas: “Onde estão os guarda-corpos?”
Usama Fayyad, veterano em IA e professor da Northeastern University, elogiou a ambição geral do plano americano, mas alertou que ele ignora detalhes cruciais: ética, requalificação profissional e coordenação interinstitucional. Além disso, quase não há menção a saúde, educação ou comunidades marginalizadas.
Diversos grupos de reflexão expressaram preocupações semelhantes: a velocidade é impressionante. A governança? Ainda parece opcional.